O presidente Jair Bolsonaro cancelou o comparecimento ao evento que reúne nesta manhã no Senado, em sessão solene, autoridades do Legislativo, Judiciário e convidados estrangeiros, com críticas veladas à iniciativa do presidente do Senado, Rodrigo Pachego (PSD/MG), que não compareceu ontem às comemorações do 7 de Setembro na Esplanada. “Ele quer um 7 de Setembro pra chamar de seu”, diz auxiliar próximo do presidente, em reserva.
O distanciamento entre os dois dirigentes políticos vem de mais de dois anos, período em que o parlamentar mineiro marcou posição divergente do chefe do Executivo e firmou sua autonomia, chegando a lançar-se pré-candidato à Presidência.
A solenidade desta quinta, que marca no Legislativo a celebração dos 200 anos da Independência, é vista pelo Planalto e pela campanha para a reeleição de Bolsonaro como situação de risco. O temor é que se repita o constrangimento ocorrido na cerimônia de posse de Alexandre de Moraes na presidência do TSE, em que Bolsonaro foi exposto a discursos divergentes quanto ao processo de votação eletrônica. O próprio presidente teria caracterizado a ocasião como “armadilha”.
Ao contrário do ocorrido no TSE, o evento de hoje previa discurso de Bolsonaro, assim como o dos presidentes do Senado e Câmara, e o do presidente do STF, Luiz Fux, que se despede do cargo para dar lugar a Rosa Weber, que assume no dia 12.
“O momento é de vibração absoluta”, diz o auxiliar palaciano, em referência ao sucesso das manifestações populares no 7 de Setembro, que levaram multidões a algumas das principais capitais do país e foram capitalizadas politicamente como apoio a Bolsonaro.
Christina Lemos | Do R7
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