Mesmo não
tendo conquistado títulos importantes no Rosario Central, suas grandes atuações
o levaram a ser convocado para a seleção da Argentina, com a qual teve bom
rendimento na Copa América de 1963.
DO MILÉSIMO GOL DE PELÉ AOS TÍTULOS:
SUA PASSAGEM NO VASCO
Em 1969, desembarcou em solo brasileiro para vestir a camisa do Vasco. E ficou
marcado logo por um lance para a posteridade: em jogo válido pelo Torneio
Roberto Gomes Pedrosa, “El Gato” sofreu o milésimo gol de Pelé. No
Maracanã, o argentino quase alcançou o pênalti cobrado pelo “Rei” e,
enquanto Pelé comemorava naquele 19 de novembro, Andrada dava socos na grama. O
argentino também não escondia seu incômodo cada vez que falavam sobre o tema.
No ano seguinte, saboreou sua primeira conquista com o Cruz-Maltino. O goleiro,
ao lado de nomes como Gilson Nunes, Alcir, Eberval e Fidélis, sagrou-se campeão
carioca.
Em 1971, Andrada se consagrou como o melhor goleiro do Campeonato Brasileiro e
seguiu titular absoluto do Cruz-Maltino ano a ano. Até, em 1974, fazer parte de
uma campanha histórica para os vascaínos.
Andrada era o camisa 1 da equipe que se sagrou campeã brasileira, ao derrotar o
Cruzeiro por 2 a 1, no Maracanã. “El Gato” conviveu com nomes como
Roberto Dinamite, Ademir, Jorginho Carvoeiro e Zanata.
O goleiro ainda vestiu a camisa cruz-maltina em 1975, no qual o time disputou a
Copa Libertadores pela primeira vez. Mas, no ano seguinte, mudou de ares.
DO VITÓRIA À VOLTA AO FUTEBOL
ARGENTINO
Em 1976, Andrada aceitou a proposta para defender a meta do Vitória. No Leão, o
argentino atuou ao lado de seu compatriota Rodolfo Fischer e de Osni. Ele
permaneceu no clube baiano até novembro, quando optou por voltar ao seu país de
origem.
A partir de 1977, “El Gato” vestiu a camisa do Colón. Aos 43 anos,
pendurou suas luvas, defendendo a meta do modesto Renato Cesarini em 1982.
RETORNO AO ROSARIO E… FORTES
ACUSAÇÕES À TONA!
Em 2007, Andrada voltou a ter sua rotina ligada ao futebol. O ex-jogador
trabalhou como preparador de goleiros do Rosario Central, clube no qual
começara a dar seus passos no futebol.
Entretanto, uma acusação interrompeu seu ciclo no clube. Andrada foi suspeito
de participar do assassinato do militantes Osvaldo Agustín Cambiaso e Eduardo
Pereyra Rossi, durante a ditadura militar no país.
O ex-goleiro, depois de pendurar as luvas, colaborara com a ditadura militar na
Argentina por meio do PCI (Pessoal Civil de Inteligência). O órgão reunia civis
para agir na espionagem e repressão do governo autoritário que assolava a
Argentina na época.
Andrada foi identificado pelo repressor Eduardo Constanzo entre os membros do
grupo do cargo operativo 4. Assim que o ex-goleiro foi citado, o Rosario
Central pediu sua saída do clube. “El Gato” negou, em entrevistas,
ter participado dos crimes.
Em fevereiro de 2012, o juiz federal Carlos Villafuerte Ruzo concedeu a Andrada
inimputabilidade do caso, por falta de provas.
LANCE!
Rosario (ARG)