Não é sem razão o primeiro lugar no Ibope do Correio Debate da 98.3 FM, comandado por Nilvan Ferreira, Victor Paiva e João Costa e transmitido por uma cadeia de emissoras de rádio para toda a Paraíba. A receita do sucesso é jornalismo com independência, com coragem e principalmente com pluralidade.
Ontem, mais uma vez, o programa movimentou a política e gerou manchetes ao colocar no ar o impiedoso ataque do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) ao deputado Walber Virgolino (Patriotas), por tê-lo denunciado por usar de veículo da Infraero e o hangar do governo da Paraíba em desembarque no Aeroporto Castro Pinto, um privilégio ao qual não teria mais direito desde o fim do mandato.
Em entrevista ao repórter Felipe França, Ricardo Coutinho reclamou que é filmado até quando vai a padaria, lembrou que sua aposentadoria na UFPB virou manchete – a pensão especial de ex-governador também foi notícia – e focando no vídeo que mostra seu desembarque na última sexta-feira, chamou Walber Virgolino de “deputado desqualificado” e questionou sua honestidade.
“Ele saiu correndo do Rio Grande do Norte porque se meteu em relações perigosas com as facções. Ele sabe que eu sei disso e sabe porque eu o demiti da Secretaria de Administração Penitenciária. Ele sabe disso, e vem e posta como se eu estivesse fazendo alguma coisa errada. Estava acompanhando dois secretários”.
Ricardo encontrou um adversário a altura, porque Walber Virgolino também não leva desaforo para casa. Disse que foi demitido por Ricardo Coutinho porque se recusou a participar de esquema de superfaturamento no fornecimento de refeições para os presídios.
O deputado afirmou que desqualificado é Ricardo, que foi um “câncer para a Paraíba”. E retribuiu as ofensas: “Ele não tem formação familiar, educação e moral para comandar um Estado, e estamos vendo ai o resultado de sua passagem pelo governo. Ricardo Coutinho importou do Rio de Janeiro a maior organização criminosa e aprendeu com o Sérgio Cabral a chefiar uma Orcrim”.
Garantiu estar pronto para o debate com o ex-governador e ironizou: “Debater com ele é fácil. Eu vou falar de corrupção, e ele não pode. Vou falar de combate a corrupção, e ele não pode. (…) Ele que escolha o local e armas que estarei lá”. É guerra!